terça-feira, 23 de setembro de 2008

12 razões para legalizar o aborto

1 . ELA GARANTE A AUTONOMIA DAS MULHERES, respeitando sua capacidade de pensar, decidir e agir de acordo com seus próprios valores e concepções e considera que elas podem fazer isto de forma responsável e ética.


2. SÃO MUITOS OS MOTIVOS QUE LEVAM UMA MULHER A ABORTAR: não se sentir preparada para ser mãe; ter sido abandonada pelo "companheiro"; porque perderá o emprego; porque será expulsa de casa; por não ter como sustentar mais uma criança; porque engravidou de um estupro no casamento ou porque não quer ter filhos/as. Seja qual for o motivo, não cabe à sociedade, a Igreja, a mídia ou qualquer outra instituição julgá-la e muito menos condená-la.


3. A CRIMINALIZAÇÃO NÃO IMPEDE AS MULHERES DE ABORTAR. Quando uma mulher se vê diante de uma gravidez que ela não deseja ou que, por algum motivo, não pode manter, ela aborta de qualquer jeito, mesmo correndo risco de morte: tomando chás, xaropadas, se perfurando com agulhas, arames ou outro objeto qualquer.


4. O ABORTO É HOJE UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA. Devido ao grande número de mulheres que faz aborto na clandestinidade, no Brasil, o aborto é a quarta causa de morte materna e o responsável por inúmeros casos de esterilização e outras complicações.


5. A CRIMINALIZAÇÃO MANTÉM UMA SITUAÇÃO DE PRIVILÉGIO. As mulheres ricas
(geralmente brancas) têm como pagar uma boa clínica para fazer um aborto rápido e seguro. Já as demais (geralmente pobres, jovens e negras) têm que se submeter a procedimentos inseguros que colocam sua vida em risco.


6. NENHUM MÉTODO ANTICONCEPCIONAL É 100% SEGURO. Todos os métodos hoje
disponíveis podem falhar, levando mulheres a uma gravidez inesperada. Até a vasectomia, o
método mais seguro, falha em 5% dos casos. Assim, qualquer mulher que tiver uma relação sexual pode se ver diante de uma gravidez que ela pode querer ou não levar adiante.


7. A CRIMINALIZAÇÃO EXPRESSA UMA CULTURA MACHISTA. Nenhuma mulher engravida
sozinha, mas os homens não são responsabilizados pela gravidez nem por evitá-la. Esta responsabilidade é imputada somente às mulheres e só elas arcam com as conseqüências.


8. NÃO HÁ DEFINIÇÃO CERTA DE QUANDO COMEÇA A 'VIDA'. Inúmeras teorias tentam explicar quando começa a vida humana, mas nenhuma delas é consenso ou está plenamente comprovada. Dessa forma, nenhuma delas, mesmo que defendida por instituições religiosas, deve interferir nas políticas públicas ou sobre o corpo das mulheres.


9. A ILEGALIDADE CONDENA AS MULHERES A MORTE E A MALTRATOS. Tanto as mulheres que abortam espontaneamente como as que provocam o aborto, quando chegam a um serviço público de saúde com abortamento em curso ou um sangramento vaginal qualquer, são tratadas como criminosas. São maltratadas, humilhadas, massacradas e até presas injustamente.


10. A MATERNIDADE É UM DIREITO E NÃO UMA OBRIGAÇÃO. Para a maioria das mulheres a maternidade é muita esperada e desejada, por isso, ela deve ser um ato voluntário, de liberdade e de amor. Obrigar uma mulher a levar adiante uma gravidez que ela não deseja é tornar a maternidade algo vil, menor, desprovido de amor e carinho.


11. LEGALIZAR O ABORTO NÃO OBRIGA NENHUMA MULHER A PRATICÁ-LO. Apenas garante o direito das mulheres de fazê-lo, definindo em que circunstâncias, em que período da gravidez, onde e quem (que profissional) pode fazer o procedimento.


12. O ESTADO BRASILEIRO É LAICO. Em uma sociedade democrática, o Estado laico significa a
separação entre poder político e as instituições religiosas, e a não admissão de interferência direta de um determinado poder religioso nas questões do Estado. Sendo o Estado brasileiro laico, este não pode determinar suas leis mediante qualquer convicção religiosa.


Fonte: Fórum cearense de mulheres

7 comentários:

Lídia Rodrigues disse...

Adorei amiga... Que bom que existem pessoas que ousam falar sobre o assunto...

doutoramento disse...

obrigado por esta publicação!!

Anônimo disse...

problema de saúde púlica? vai estudar . significa determinação internacional de diminuição populacional. só para especificar um dos tópicos de todos os outros que é pura baboseira. queres ser a favor da legalização do aborto? que sejas, mas venhas com dado concretos, DADOS, numeros, pesquisas, não meramente no teu achismo e TUA crença. E outra, não aumenta número de mortes maternas a não legalização da interrupção voluntaria da gravidez. Esses números são completamente falsos e inflados, para supor um problema que seria de saúde publica, quando na verdade não o é. te faltou pesquisa

Anônimo disse...

Será que o aborto seria o método mais coerente de acabar com a mortalidade materna? "80 porcento dos óbitos maternos no Brasil decorrem de causas obstétricas diretas – com destaque para as hemorragias e as crises hipertensivas especificas da gravidez (eclâmpsia e pré-eclâmpsia) – enquanto que as causas obstétricas indiretas são responsáveis por apenas 15 ou 20% das mortes.(...)A morte materna por razões obstétricas diretas são as mais evitáveis. Elas dizem respeito principalmente a um pré- natal de baixa qualidade ou a falta de acesso ao pré- natal. A mulher que faz um pré-natal bem feito, tem menor risco de morrer por causas obstétricas diretas como, por exemplo, as hemorragias e a eclâmpsia, que podem ser prevenidas. As hemorragias estão muito relacionadas ao deslocamento prévio de placenta e à problemas circulatórios. A eclâmpsia está relacionada à pressão alta e o diabetes, que são coisas que a gente pode diagnosticar e controlar no pré-natal.(...)Outro importante fator de mortalidade materna é o aborto. No entanto, houve uma queda de 82% das mortes maternas ocasionadas por este evento entre 1990 e 2010. Segundo Jeane Oliveira, professora da Escola de Enfermagem da UFBA e pesquisadora do Grupo de Estudos sobre Saúde da Mulher (GEM).(...)A legalização do aborto por si só, no meu ver, não resolve o problema. É preciso muito mais. Como por exemplo: melhorar as condições de educação da população de um modo geral e os serviços de saúde oferecidos."
Sinceramente, minha opinião pessoal é contra o aborto, respeito sua maneira de pensar e o engajamento que tem em defende-la, contudo creio que o aborto não é nada mais nada menos que uma medida paliativa e rasa, ao meu ver o problema é mais profundo. Imagine o aborto legalizado com as péssimas conjunturas (falta de fiscalização e má infraestrutura) de saúde pública que o Brasil tem, qual diferença teria o aborto irregular e o legal, onde muitas grávidas iriam ter de esperar? Seria um projeto que amplificaria a crise econômica poque o governo subsidiaria toda essa empreitada, não seria melhor programas de isentivo à melhora de instituições da rede pública? Nenhuma grávida depende 100% da SUS quando quer sua recuperação excelente e que seu filho cresça bem, por mais humilde que seja (aquelas que conseguem fazer uma economia). "Nos EUA, após a legalização do aborto, o número de abortos passou de 193.491, em 1970, a 1.430.000, em 1990, um aumento de 640%. O custo médio do aborto foi de US$ 350,00 a 450,00. Neste país, onde existe um elevado índice de utilização de métodos contraceptivos, vemos o aborto sendo utilizado como um método anticoncepcional. Imaginemos o que ocorreria no Brasil, pois não existe planejamento familiar e há falta de recursos para as necessidades mais básicas de saúde. Na índia, estimava-se que o número de abortos na década de 70 fosse de cerca de 3 milhões anuais. Após sua legalização, em poucos anos saltou para a extraordinária marca de 7 milhões anuais. Em todos os países em que ele foi legalizado, houve um aumento expressivo do seu número."
Além disso, é comprovado que mulheres que abortam prejudicam o seu corpo, correndo o risco da morte, e aquelas fazem o aborto tem chances de sofrer de problemas psicológicos, desenvolver doenças e ter futuros abortos espontâneos (caso ela queira ter filhos)."Têm-se dado atenção a problemas psicológicos após o aborto induzido, especialmente depressão. Um estudo em Campinas (1996), da UNICAMP, mostrou que de 103 mulheres que disseram ter pensado em abortar, 83% das que terminaram por não fazer o aborto disseram ter-se sentido felizes, aliviadas e não arrependidas da decisão. Por outro lado, quase metade das que abortaram referiu ter-se sentido mal emocional e/ ou fisicamente."

Anônimo disse...

A Constituição Brasileira diz:
"Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida(...)"
A Convenção Americana de Direitos Humanos diz:
"Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente."
A partir disso o primeiro pensamento que lhe infiltra a cabeça seria "Mas o feto não é considerado vida." Esse pensamento, na minha opinião, é egoísta e conveniente para os fins. A própria ciência juntamente com a bioetica não entraram em consenso quando começa a vida, mas tudo pende para que a vida comece na fecundação, aquele ser que está sendo formado é ímpar de todos os outros que existiram, que existem e existirão nesse nosso planeta. Único! Sua existência deveria ser respeitada, pois a única diferença entre ele e um adulto é nutrição e tempo. Eu vejo o aborto como uma prática hipócrita porque ninguém pediu para nascer, contudo gozamos desse direito a vida, além de egoísta, uma vez que preservamos nossas vidas e desprezamos a dos outros.
Outro problema que o aborto acarretaria a longo prazo, não como fator principal, mas assistente, seria a redução na taxa de natalidade, consequentemente a inversão da pirâmide etária brasileira (que já está em curso), ou seja, a PEA a longo prazo será menor do que a população economicamente inativa. E quem sustenta a economia do país? Os impostos vão subir um pouco.

Enfim, respeito sua opinião, contudo, não ache que seja a solução mais coerente para o problema.

Marco Oliveira
PS: Não tenho nada a ver com o primeiro comentário anônimo kk

Anônimo disse...

1- "Criminalização não impede a mulher de abortar" - Claro, a proibição de armas não impede de bandidos terem armas, vamos liberar as armas então. O código penal não impede homicídios, vamos liberar homicídios então.

2-Homens que têm filho e os abandonam podem ser acionados na justiça pra pagar pensão.

3- A jurisprudência do STF considera vida com o surgimento do cérebro, sendo que cientistas já identificaram que neurônios do feto surgem após 14 dias da formação da mórula.

Realmente a mulher tem a liberdade de fazer o que quiser com SEU corpo, mas o feto que ela carrega não é sua propriedade pra tirar essa vida quando quiser, e se for, também é do homem porque no feto está contido metade do material genético deste, então pra abortar no mínimo teria que ter a autorização do indivíduo.

Anônimo disse...

Recomendo esse artigo, sua argumentação é foi ridícula.

https://sapatariadf.wordpress.com/legalizacao-do-aborto-10-razoes/